Ontem assiste o
filme Ponte dos Espiões dirigido por
Spielberg e estrelado pelo sempre incrível Tom Hanks.
O enredo é baseado na história real do advogado
americano que negociou a troca de um espião russo por dois americanos (um
piloto e um estudante) nos tempos da Guerra Fria.
Quem não viu, segue a dica!
Me animei a
escrever esse post pois um dos americanos foi liberto no Checkpoint Charlie (nome dado pelos Aliados a um posto militar (posto C) entre as duas Alemanhas).
Haviam outros pontos de fronteira, mas o Checkpoint Charlie foi o que se tornou
símbolo da Guerra Fria.
A infraestrutura deste
posto no lado ocidental era simples, constando apenas de uma cabine de madeira como
mostram as fotos em preto e branco.
A cabine que vemos nas fotos acima não existe
mais pois, em 1980, ela foi substituída por uma de metal.
A cabine de metal dos anos 80, por sua vez,
hoje se encontra no Museu do Tranenpalast (único ponto de fronteira, entre os sete existentes, localizado em uma estação de trem). Hoje esse edifício, além de museu, é
considerado patrimônio histórico e abriga a exposição “Experiências de
fronteira. O cotidiano da divisão alemã”.
E a cabine que existe hoje no mesmo local do
Checkpoint Charlie formando filas de turistas para visitar e fotografar?
É uma
réplica, um clone, um falso histórico criado nos anos 2.000 para atender a
demanda do turismo de massa.
Segundo
Hernandez Martinez, no seu texto Reconstruccion
o destruccion: un triste epílogo para la arquitectura del siglo XX, a banalização dessa reconstrução é uma das várias questões que o Leste Europeu e Moscou estão passando, incluindo destruições de Monumentos Históricos e
reconstruções de edifícios do séc. XIX.
Lembrando
as palavras de Françoise Choay, a
indústria patrimonial está nos vendendo ilusões à guisa dos valores prometidos.
* imagens da WEB - acesso em 14-03-2016
por Cristiane Py - www.cristianepy.com.br
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