Um dos grandes desafios que enfrentamos nas intervenções em patrimônio cultural edificado é a acessibilidade.
Durante um bom tempo essas disciplinas (preservação e acessibilidade) traçaram caminhos distintos. Não havia diálogo entre elas, o que dificultava os trabalhos de restauro que visavam a acessibilidade.
Mas hoje pensar em preservação sem acessibilidade é estar fora do seu tempo.
É claro que uma construção de 100 anos não atenderá a todas as normativas, por isso as diretrizes de acessibilidade deverão ser analisadas caso a caso e toda e qualquer intervenção deverá seguir as metodologias da disciplina de restauro.
Abaixo segue estudo que fizemos para permitir o acesso de pessoas com deficiência - PCD no Salão do Pregão do Museu do Café em Santos.
As PCD conseguiam passar pelo Salão, mas alguns degraus tornavam o acesso ao espaço sob o Vitral e o acesso para as telas de Benedicto Calixto impraticáveis.
As rampas que projetamos são peças desmontáveis e removíveis, totalmente independentes da estrutura existente. Dessa forma, não agredimos e nem causamos danos na materialidade do patrimônio.
Vejam nas fotos abaixo que há um impacto visual, mas é um impacto positivo, registro do seu tempo, um tempo de inclusão.
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Rampa de acesso para as telas de Benedicto Calixto |
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Rampa de acesso para a área sob o Vitral |
* fotos montagem - Py Vieira Arquitetura e Eventos Ltda.