No último post falamos da Centrale Montemartini, museu localizado em Roma e que ocupa a antiga termoelétrica da cidade edificada nos anos 1910.
Essa semana, por coincidência, li o livro O Complexo arte-arquitetura do Hal Foster onde temos um capítulo que o autor disserta sobre os museus minimalistas (antigos espaços industriais que foram convertidos em novos espaços de arte).
Vale relembrar que a arte minimalista desencadeou uma nova escala de arte que não mais se encaixava nos tradicionais salões de arte ou nos cubos brancos modernistas. Por essa questão, fábricas, armazéns e antigos lofts foram gradativamente ocupados por galerias.
Essa conversão de antigas fábricas e armazéns em espaços de arte se torna mais interessante quando observamos a tensa reciprocidade entre a arte e a arquitetura. Não só o tamanho dos antigos espaços fabris se encaixavam na nova escala de arte como também a unidade modular e serial da construção industrial tornava o espaço parte integrante das exposições da arte minimalista, da arte pop, da arte conceitual, do site specific, do grupo Fluxus e da arte contemporânea, todos movimentos de arte que usam grandes instalações em suas obras.
Abaixo veremos imagens de edificações industriais que foram revertidas em espaços de arte citadas por Foster em seu livro.
Dia Art Foundation, NY - Dia Beacon: Fachada - edificação industrial de 1929 |
Dia Beacon: Obra de François Morellet |
Andy Warhol Museum, Pittsburgh: Fachada - edificação industrial de 1911 |
Andy Warhol Museum |
Andy Warhol Museum |
Tate Modern, Londres - Central elétrica construída em 1947/1963 |
Tate Modern |
*imagens da web - acesso em julho 2018
**Para mais informações sobre os museus citados neste post acesse:
Este post usou como referência o livro O Complexo arte-arquitetura de Hal Foster, trad. Célia Euvaldo, São Paulo: Ubu Editora, 2017
Postado por Cristiane Py