Tanto a preservação do patrimônio como os direitos de acessibilidade percorreram longas trajetórias (ambas iniciadas há mais de 200 anos) até chegarem, respectivamente, na Carta de Veneza de 1964 e na Declaração dos direitos humanos das pessoas deficientes em 1975.
No Brasil, a primeira norma de acessibilidade, a NBR9050, foi redigida em 1985 mas só após 18 anos (2003) o IPHAN promulga a Instrução Normativa n. 1 sobre acessibilidade em bens tombados.
O Projeto piloto de rotas acessíveis no Pelourinho (que usou como referência um projeto já implantado em Olinda - PE) teve início no ano de 2011 demonstrando que os universos da preservação do patrimônio e da acessibilidade hoje caminham juntos e que o debate não fica mais limitado entre os campos da preservação ou da acessibilidade, nem tampouco entre as pessoas que prezam pela preservação ou as pessoas que necessitam de acessibilidade, mas sim entre duas disciplinas cujas diferenças metodológicas sempre poderão resolver-se no plano dialético ou entre dois universos ou sistemas que, segundo Niklas Luhmann, operam com base na comunicação.
Abaixo várias imagens da rota acessível do Pelourinho que demonstram como um projeto bem elaborado pode sim atender a essas duas questões: Preservação do Patrimônio e inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais em sítios históricos.
Vagas especias demarcadas no último piso do estacionamento com acesso direto e acessível ao centro histórico |
Saída do estacionamento, já com ligação na rota acessível que percorre o sítio histórico. |
calçada acessível desde o estacionamento |
com recente obra de restauração, a Igreja de São Domingos hoje possui acessibilidade. |
projeto de Lina Bo Bardi teve suas pedras mantidas mas niveladas |
rampas acessíveis permitindo a vista para o Pelourinho |
Para mais informações sobre o plano piloto do pelourinho, acesse Projeto Piloto de Acessibilidade, Centro Histórico de Salvador
*imagens da autora - nov 2017
Postado por Cristiane Py
Nenhum comentário:
Postar um comentário