O projeto consiste em uma complexa cobertura de estrutura de madeira que interliga, através de passarelas, os blocos do conjunto. A forma orgânica não é só predominante na implantação do complexo mas também nos encaixes entre pilares, vigas, caibros e ripas. Outros diferenciais são as telhas, em madeira muirapiranga, e as alvenarias internas que não se encontram com a cobertura permitindo, dessa forma, a livre circulação do ar.
A deterioração da edificação, segundo Guilherme Castro que participou do projeto, já era prevista desde a sua concepção, o que não justifica o estado de ruínas e abandono registrados em 2012 por Marcos Costa.
Olhando a imagem acima não podemos evitar a forte ligação com a arquitetura indígena brasileira e a importância da Conferência de Nara realizada em 1994.
"Num mundo que se encontra cada dia mais submetido às forças da globalização e da homogeneização, e onde a busca de uma identidade cultural é, algumas vezes, perseguida através da afirmação de um nacionalismo agressivo e da supressão da cultura das minorias, a principal contribuição fornecida pela consideração do valor de autenticidade na prática da conservação é clarificar e iluminar a memória coletiva da humanidade."
Conferência de Nara
os encaixes da estrutura |
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