Em 1937 foi promulgado no Brasil o
Decreto-lei 25 que criou o SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão federal que atualmente recebe o nome de IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), voltado para a preservação e reconhecimento do Patrimônio Cultural Nacional.
No decorrer das décadas, em função da extensão territorial e diversidade cultural de nosso país, viu-se a necessidade de também se criar órgãos de preservação voltados para o patrimônio regional. O
Compromisso de Brasília de 1970, documento originado de um encontro entre governadores e prefeitos, foi redigido visando a criação de órgãos de preservação estaduais e municipais.
No Estado de São Paulo temos o CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e na capital o CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo).
Achei importante iniciar esse post com essa pequena introdução pois hoje vamos falar de um Patrimônio Edificado da cidade de São Paulo tombado pelo CONPRESP em 2009: a Fábrica Companhia Melhoramentos localizada no bairro da Vila Romana.
Inaugurada em 1948, a Fábrica Companhia Melhoramentos com arquitetura industrial marcante abrigava, além do escritório, parte da gráfica e refeitório para os funcionários.
Em 2009 o CONPRESP, através da
Resolução no 5, tomba vários imóveis do bairro da Lapa pela fundamental importância na formação do bairro que, inicialmente, era fabril. Igrejas, sobrados residenciais, o SESC Pompéia e diversos galpões industriais são hoje reconhecidos como Patrimônio Histórico e Cultural da cidade de São Paulo e, entre eles, temos a Fábrica Companhia Melhoramentos.
Essa antiga edificação fabril passou por uma obra de revitalização e restauro neste ano e hoje abriga a Casa Melhoramentos, espaço aberto para a comunidade. A fábrica, que ocupava um quarteirão do bairro da Vila Romana, teve parte dos galpões demolidos para construção da iniciativa privada voltada para o uso residencial, uso que hoje é o mais presente no bairro.
Abaixo seguem fotos do dia do evento de inauguração desse novo espaço de memória da cidade de São Paulo.
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Foto da Fachada restaurada com iluminação cênica |
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Detalhe da porta de entrada |
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Foto de 1948 (ano de inauguração). Observamos aqui que a base das fachadas é revestida em granito rústico, característica arquitetônica muito comum em edificações fabris e também residenciais da região. (imagem do catálogo entregue aos convidados no dia do evento) |
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Foto da fachada depois da obra de restauro e revitalização - 2018 - Projeto do escritório Studio Guilherme Torres |
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Foto do andar térreo mostrando o átrio ajardinado com iluminação zenital |
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No térreo também temos uma grande área expositiva dedicada à memória da empresa. Nesta foto imagem do jogo O Pequeno Arquiteto |
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Tijolos e telhas fabricados na Fábrica de Caieiras na década de 1910 |
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Foto aérea mostrando a ocupação de um quarteirão pela fábrica na época em que o uso industrial era o mais comum na Vila Romana |
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Notas impressas pela Companhia Melhoramentos na Revolução de 1932 |
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Cobertura restaurada da área de exposição que ocupa o último andar do prédio |
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Exposição Planetas do Ziraldo que inaugurou o espaço de exposição. |
*imagens da autora
Oi Cristiane...excelente trabalho e me ajudou a identificar um tijolo que ainda não tenho no acervo, mas que aparece nas minhas pequisa sobre olarias.
ResponderExcluirAbaixo o endereço do nosso blog experimental....abraços
https://museudotijoloantigo.blogspot.com/